Nem o santista mais pessimista imaginava que a volta de Neymar à Vila Belmiro não traria um novo rumo ao clube. Quase quatro meses após o retorno do ídolo, o saldo é negativo: eliminação nas semifinais do Paulistão, queda precoce na Copa do Brasil e a incômoda penúltima colocação no Brasileirão. Números que destoam completamente da expectativa de títulos e protagonismo criadas com a chegada de um jogador master class — mesmo que, convenhamos, o elenco do Santos está longe de ser.
Pra piorar, em entrevista pós jogo contra o CRB, mesmo que justificado pela cabeça quente no momento, Neymar disse que não sabe se continuará no clube do coração. Uma fala que bota mais lenha na fogueira que já é imensa.
O problema, no entanto, vai além das quatro linhas. Para quem torcia por uma virada de chave na carreira do camisa 10, o que se vê é um cenário frustrante. Fora de campo, as polêmicas seguem dia a dia — algumas fabricadas pela mídia, outras inevitavelmente autoinfligidas. A ida à Kings League, por exemplo, é um desses episódios que expõem a falta de bom senso do menino Ney. Mesmo afastado por lesão, e com todo direito de fazer o que bem entender, há momentos em que o peso da responsabilidade de seus atos deveria falar mais alto.
Dentro de campo, a questão física continua sendo o grande calcanhar de Aquiles. São apenas 611 minutos jogados de 1.800 possíveis — menos da metade. Fazendo justiça, há de ressaltar que quando esteve apto, correspondeu com a qualidade de sempre. Mas a sequência curta não permite solidez nem impacto real nos resultados do clube.
A comparação entre expectativa e realidade frustra. Não só quem admira o futebol de Neymar, mas também, provavelmente, do seu próprio staff. Havia a esperança de que esse retorno ao Brasil servisse como trampolim para uma volta à Europa — falava-se até em Barcelona. Mas hoje, com um cenário de tantas incertezas, acho impossível que isso aconteça.
Pessoalmente, sigo torcendo por uma volta por cima. Especialmente pensando na seleção brasileira, agora sob comando de Carlo Ancelotti. Neymar ainda pode ser decisivo. Mas, infelizmente, a sensação que fica é que essa retomada se torna a cada dia mais distante.
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