Carlo Ancelotti finalmente assumiu a Seleção Brasileira, e com isso, surge a grande dúvida: qual será o desenho tático do Brasil sob o comando do técnico mais vencedor da história da Champions League?
Com base na primeira convocação e no vasto histórico do treinador, eu trouxe sete possibilidades de formações que podem ser utilizados neste trabalho do italiano à frente do único pentacampeão do mundo.
4-4-2 losango
Certamente, é a formação mais pedida pela galera nas redes sociais. Não por acaso: foi com esse modelo que Ancelotti brilhou naquele Milan que tinha um quadrado no meio de campo composto por Pirlo, Kaká, Gattuso e Seedorf e mais recentemente, no Real Madrid, quando após perder Benzema, trouxe Vini Jr. e Rodrygo ao comando do ataque.
Na Seleção, considero que a volta de Casemiro não foi para ficar no banco, sendo o pilar defensivo do meio, com Gerson e Bruno Guimarães mais a frente e um jogador mais criativo como Matheus Cunha, Andreas Pereira ou até mesmo Raphinha armando o time. Vini Jr. pela esquerda e a depender das escolhas, podemos adicionar Richarlison como uma opção com centroavante no setor.

4-4-2 tradicional
Menos provável, mas possível. Considerado um esquema ultrapassado, a última equipe que vi atuando desta forma com grande sucesso foi o Aston Villa de Unai Emery. Aqui, os volantes jogam lado a lado e um dos meias centrais, dá espaço para outro meia-ofensivo. Neste desenho, as opções são muitas (explico isso no vídeo acima), já que os pontas convocados, Martinelli, Estevão e Antony, podem facilmente fazer esse papel ofensivo, seja na última linha, como também no próprio setor médio do campo.
Na minha opinião, pode ser muito utilizada em jogos contra equipes mais fechadas, onde a individualidade deve prevalecer, fazendo com que, se da vontade do "mister", poderemos ver quatro atacantes sendo escalados ao mesmo tempo.

4-3-2-1 ou 4-2-3-1
Conhecida como “árvore de Natal”, pelo posicionamento dos jogadores no campo, essa formação oferece estabilidade defensiva e boa ocupação de meio-campo. Casemiro, Gerson e Bruno formariam o trio central. Na frente, Vini Jr. e Raphinha atuariam nas costas de um centroavante, que neste caso seria Richarlison ou de um falso 9, caso de Matheus Cunha. Gosto mais da opção com Cunha.
Laterais com boa chegada, como Carlos Augusto, Vanderson e Wesley, ganham espaço, pois o sistema favorece o uso dos corredores para apoio.

Pensando em uma variação natural para o 4-3-2-1, uma mudança interessante seria a saída de um meia-central (Bruno ou Gerson), para a entrada de um jogador mais ofensivo, caso de Andreas Pereira, por exemplo. Inclusive, ele atuou bastante nesta função em sua última temporada pelo Fulham.

4-3-3
Esse é o desenho mais conhecido dos torcedores e que permite maior liberdade ofensiva. Ideal para pontas que atuam em amplitude e nesta convocação temos opções aos montes, com Martinelli, Anthony, Estevão, Vini Jr. e Raphinha. No meio, Casemiro segue como pilar defensivo e Gerson e Bruno comandam o centro do campo.
Diante de tantas variações, aqui, a briga por vaga é intensa no ataque. Vini Jr. é titular absoluto na esquerda, e a disputa gira em torno de quem joga pela direita, já que Raphinha (titular absoluto que fique claro) atuou em alguns momentos mais centralizados. Caso isso aconteça, quem assume o outro lado do ataque: Estevão ou Antony?

3-4-1-2 ou 3-4-2-1
Uma escolha diferente. Ancelotti raramente usou três zagueiros no Real Madrid e em outros clubes, mas a convocação do mais ala que lateral Carlos Augusto, além dos ofensivos Wesley e Vanderson pela direita, me fazem pensar que essa possibilidade está aberta.
Caso aconteça, podemos ver o quase descartado Danilo (também não concordo com seu chamado) titular na primeira linha de defesa, tal como atuou por muito tempo na Juventus. Além dele, Beraldo também pode fazer a função. No meio e ataque pouco muda do que já observamos nas opções anteriores.

No 3-4-2-1, sai o meia ofensivo e divide o setor entre atacantes que atuam por dentro, atrás de um homem de referência. É um esquema que favorece o jogo entrelinhas e aceleração em transição, no qual Xabi Alonso utilizou com muito sucesso no Bayer Leverkusen.

Conclusão
Ancelotti tem opções de sobra e cada formação valoriza estilos de jogo e perfis de atletas diferentes. O mais interessante será observar como ele equilibra sua filosofia com as características do elenco. A Seleção pode ganhar uma identidade tática flexível, capaz de se moldar a cada adversário e cenário, algo que sempre foi marca registrada do seu trabalho, nos quase 30 anos de sua carreira vitoriosa.
Qual o seu onze inicial preferido? Comente e acesse abaixo outros conteúdos deste tipo. Até a próxima!