Mesmo sem figurar entre os grandes favoritos nas competições que disputa, o Aston Villa comandado por Unai Emery se destaca por ideias ofensivas muito bem executadas. A principal delas, que será analisada aqui, envolve lançamentos longos combinados com movimentos coordenados em alta velocidade — um padrão que se repete e tem funcionado com frequência.
Esquema tático do Aston Villa de Unai Emery
O esquema principal é um 4-2-3-1 com Dibu Martínez no gol, Matty Cash, Pau Torres, Mings e Maatsen (ou Lucas Digne) na defesa. A primeira linha já revela a filosofia de Emery: laterais ofensivos e um zagueiro com excelente passe vertical como Pau Torres, peça-chave na construção desde a defesa.
À frente, Tielemans e Onana formam uma dupla de meio-campistas com ótima capacidade de lançamento e leitura de jogo. No trio mais adiantado, jogadores como John McGinn, Morgan Rogers e Marcus Rashford oferecem condução, criatividade e muita profundidade. Na frente, Ollie Watkins é o típico centroavante moderno: móvel, rápido e técnico.
Além dos titulares, Leon Bailey, Marco Asensio, Jacob Ramsey, Kamara e Donyell Malen, trazem profundidade para o elenco e opções excelentes para Unai Emery montar o onze inicial.

A mecânica do ataque: o arco e as flechas
A construção das jogadas não passa necessariamente por uma posse longa. O Villa é letal atacando espaços em velocidade, e para isso, Emery dispõe de um elenco preparado para esse modelo. A metáfora do arco e flechas se aplica bem: Tielemans é o principal dos arcos, e os jogadores de frente — Watkins, Rashford, Rogers, Bailey — as flechas.
Um exemplo claro disso ocorreu diante do Bayern de Munique, pela Champions League. Pau Torres encontrou John Duran em profundidade, rompendo a linha alta da defesa alemã com um passe preciso. A movimentação coordenada do atacante permitiu a finalização perfeita por cobertura. Detalhe: o lançamento veio ainda do campo de defesa.

A força da sincronia e da leitura
Outro lance emblemático mostra Tielemans de costas para o campo ofensivo. Mesmo assim, Rogers inicia a corrida no momento exato, sabendo que o passe virá. A sincronia é fruto de repetição e treinamento, e a execução exige qualidade técnica — o belga tem ambas.

Essa combinação se repete em variações: bola longa rasteira, lançamentos cruzando o campo ou invertendo o lado, mas sempre com o mesmo padrão — jogadores correndo de frente enquanto a defesa adversária recua ou gira de costas. A vantagem cinética, somada ao domínio técnico, cria chances claras de gol.

Outro exemplo foi na vitória contra o Wolverhampton, onde no golaço marcado por Ollie Watkins após mais um passe milimétrico de Tielemans, observamos os zagueiros correndo de costas para o lance, enquanto o atacante sai livre para finalizar. Isso mostra na prática, como Aston Villa é um time que castiga adversários que defendem mal organizados.
Vale a observação para o entendimento profundo dos atletas, onde antes do passe, no olhar, Tielemans e Watkins já preparam o momento exato para atacar. Detalhes que fazem toda a diferença no futebol de alto nível.

Conclusão
O Aston Villa de Unai Emery é um time que alia organização tática com execução técnica em alta velocidade. A mecânica das bolas longas, longe de ser apenas "chutão", é um recurso trabalhado, repetido e executado com maestria. Um estilo que desafia defesas mal compactadas e mostra como ideias bem aplicadas podem fazer a diferença mesmo fora do grupo dos "grandes".
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