Pacto, camisa pesada, sorte. São muitos os adjetivos buscados para explicar o crescimento anormal do Real Madrid em momentos decisivos e adversos na Champions League no qual vemos se repetir ano a ano, temporada por temporada.
Mas afinal, o que explica as tantas reviravoltas do time espanhol nesta competição? Vamos (tentar) elucidar este fator ao longo deste artigo e claro, falar de Manchester City 2x3 Real Madrid.
As provocações à Vini Jr
Antes mesmo de falar do campo, temos que comentar um pouco sobre o ocorrido antes do duelo. A faixa preparada pela torcida do City era uma provocação direta a Vini Jr por conta da bola de ouro conquistada pelo meio campista Rodri. Com os dizeres “Stop Crying your heart out”, que abrasileirando seria algo como “chega de mimimi”, o duelo começou muito antes da bola rolar.
Confesso que ali eu temia que o camisa 7 do Real Madrid pudesse ter sua performance ofuscado por conta destas questões extra-campo, mas foi bonito de ver como ele lidou com tudo isso, respondendo no gramado (como deve ser) uma provocação totalmente normal ao meu ver. Inclusive, já dei a minha opinião sobre estas situações envolvendo Vini Jr aqui.
O duelo contra o City
Em um jogo tenso, o time se sobressaiu e conquistou um resultado extremamente importante por 1 gol de vantagem, o que faz com que a vaga esteja mais próxima, dependendo apenas de um empate no Santiago Bernabéu para classificar-se às oitavas de final.
O primeiro tempo do jogo foi muito característico de ambas as equipes. A equipe de Pep Guardiola tentava pressionar com a posse de bola, enquanto o visitante era muito perigoso nos contra-ataques, onde criou boas chances de marcar exatamente desta forma. Porém, o primeiro gol viria com Haaland, numa bela jogada iniciada por Grealish.
O segundo tempo iniciou com o que parecia ser um duelo controlado pelo City, mas em uma sobra após cobrança de falta, Mbappé erra o chute (faz parte) e não dá chances para Ederson que fazia uma ótima partida até então, 1 a 1.
Após o empate, a partida voltou a ficar aberta, até que aos 80 minutos Foden busca a invasão de área e Ceballos ingenuamente faz o penal. Haaland cobra, Courtois do lado, bola do outro, 2 a 1 City. Aqui vale um pârentese aos impressionantes números do norueguês, que chega ao 49° gol em 48 aparições na Champions, surreal.
Para qualquer equipe, sofrer um gol faltando 10 minutos para o apito final poderia ser um golpe muito duro para se recuperar. E é aqui que as coisas ficam estranhas. Ancelotti coloca Brahim Díaz no lugar de Rodrygo. Dois minutos depois, em seu primeiro toque na bola, ele marca e decreta a famosa lei do ex.
Só três minutos de acréscimo, acabou né? Não. Em um lance controlado de recuo de bola, o astuto Vini Jr (melhor da partida eleito pela UEFA) rouba a posse, dá um sprint absurdo pra quem havia corrido o jogo todo, encobre o goleiro e Bellingham marca, calando o Etihad Stadium com direito a dancinha e tudo.
Novamente o cenário se repetiu e curiosamente, de novo contra o Manchester City.
Camisa pesada, pacto ou só sorte mesmo?
Se tem uma coisa que detesto é não dar mérito a quem merece tal. E neste quesito, meus queridos leitores, o Real Madrid merece demais. Muitas vezes este merecimento nem é de bola jogada (o que não foi este caso já que pra mim o time jogou mais que o adversário), mas mental.
Refletindo a respeito disso e conectando com uma entrevista de Rodrygo após eliminar o próprio City nas quartas da temporada 2023/24, o que me parece é que a confiança na classificação sempre existe quando seu time é o Real Madrid e é algo implícito na cultura do clube.
Por mais que isto pareça uma explicação boba, essa mentalidade absurda reflete em campo, onde jogando bem ou jogando mal, não existe jogo perdido para os merengues e isso é algo a se respeitar.
O que você achou desta opinião? Acredita que o Real Madrid pode ser novamente o vencedor da Champions League? Deixe seu comentário e acesse abaixo, outros conteúdos deste tipo. Até a próxima!